Íma das locas
(por joker índio)
Em 2007, cheguei na pequena cidade de Ferro Negro após seis anos.
Como sou poeta de rua e viajo por muitos lugares, portava minha sobrevivência com meus livretos feitos de maneira caseira, artesanal.
Antes de chegar nesta cidadezinha, estava com uma fome bestial de ter uma nova mulher em minha vida. Pois a mulher anterior havia trucidado meus planos de ter uma vida normal a dois. Ela era esquizofrênica, tinha transtorno bipolar e era sádica.
Certa manhã, fui a uma mini cachoeira perto do centro da cidade para tomar banho e refrescar-me, pois o calor estava intenso e minhas virilhas, saco e cu estavam muito suados. Após meia hora, aparece uma jovem bêbada e portando uma garrafa de vinho de marca podrona.
Ela perguntou se eu era bicha, pois eu estava com uma calça femenina do tipo malhação. Falei que não, com os olhos fixos em seus peitos. Ofereçeu-me vinho. Bebemos e tomamos banho. Ficou pelada e fiquei com o pau duro. Fomos para a casa dela, e lá não poupamos a fúria de um querer foder com outro.
Depois do deleite fui vender os poemas , e à noite voltei para sua casa. Não imaginava o que a maldita vida me reservara, o “eterno retorno”.
Depois das primeiras semanas morando com ela, a mina surtou, extrapolando vários surtos que presenciei em toda a minha vida. Tomava um copo(copo americano) cheio de pinga em uma golada só. Ficava louca e convidava os homens mais cabulosos para fuder. Tudo na minha frente.
Parti fora e sumi por um bom tempo. Não queria encontrá-la. Não era ciúmes que sentia. Sentia sim a vontade de ter uma mina, pelo menos responsável com a porra da vida. Coisa negada até o momento.
Após meses, soube que havia morrido numa dessas loucuras. Ela havia sido morta por um mendigo que havia levado para a casa. Coisas de cachaça. Coisas de loucos.
Hoje é o dia do aniversário da morte dela. Estou aqui na mini cachoeira com a Luciene, garota que acabei de conhecer e que estava bêbada. Agora se delicia com a boca no meu pinto.
Já ouvira falar dela. Tipo: linda, viciada em crack, alcóolatra, ninfomaníaca e acusada de matar o marido.
Sem esperança de encontrar alguém normal, vou aproveitar esse “doce pesadelo” com a certeza de não o prolongar até a minha morte. Sou o imã das loucas, vou trepar muito com ela. Tenho que entender isso. Ferro Negro é legal. É melhor do que Jerusalém, minha cidade natal. Lá só existem homens e não existem mulheres sãs ou loucas a vista.
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